quinta-feira, 26 de março de 2009

Pedacinhos



Coração partido
Pedacinhos sangrando
pela vida afora
No auge da lucidez
No ápice da loucura
Sem entender, compreender
não tem como
Pensamentos que mudam
Tempos dificeis, numa tormenta
o temporal das palavras
se cruzam em devaneios
sem dó
Resultam na dor
Tempestade de incompreensões
Medo, dor enfraquecimento
Deus está a espera da oração
Súplica que não sai da
garganta
Choro da angústia, da inocência
Ingenuidade, maldade que para
os frágeis não tem piedade
Tú não ficarás sem a tortura de
tua consciência
Cedo ou tarde com certeza
a justiça virá...
Espere e verá!

Ainda ontem pensava que não era

foto do site: http://www.paralerepensar.com.br/gibran.htm



Ainda ontem pensava que não era

mais do que um fragmento trémulo sem ritmo

na esfera da vida.

Hoje sei que sou eu a esfera,

e a vida inteira em fragmentos rítmicos move-se em mim.



Eles dizem-me no seu despertar:

" Tu e o mundo em que vives não passais de um grão de areia

sobre a margem infinita

de um mar infinito."



E no meu sonho eu respondo-lhes:



"Eu sou o mar infinito,

e todos os mundos não passam de grãos de areia

sobre a minha margem."



Só uma vez fiquei mudo.

Foi quando um homem me perguntou:

"Quem és tu?"



Kahlil Gibran