quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Noites de Lua

Noites de lua, de fantasmas, de garoa,
Já não suporto vossa companhia.
Quero acordar no clarear do dia,
Pisar em chão molhado, em terra boa.

O tom da meia noite já me soa
Como prenúncio de melancolia,
E cada hora corre tão vazia,
E este silêncio escuro me atordoa.

Eu quero ouvir o canto de avezinhas,
Que pelos ares nunca vão sozinhas
Como sozinha eu vôo treva a fora.

Eu quero pelo sol ser abraçada,
Caminhar pela rua, libertada
Pelo clarão da abençoada aurora!

Silvia Schmidt
(site Humancats)

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