Noites de lua, de fantasmas, de garoa,
Já não suporto vossa companhia.
Quero acordar no clarear do dia,
Pisar em chão molhado, em terra boa.
O tom da meia noite já me soa
Como prenúncio de melancolia,
E cada hora corre tão vazia,
E este silêncio escuro me atordoa.
Eu quero ouvir o canto de avezinhas,
Que pelos ares nunca vão sozinhas
Como sozinha eu vôo treva a fora.
Eu quero pelo sol ser abraçada,
Caminhar pela rua, libertada
Pelo clarão da abençoada aurora!
Silvia Schmidt
(site Humancats)
Nenhum comentário:
Postar um comentário