domingo, 17 de janeiro de 2010

Governo- continuação...



Governo

Elaine já tentou contato com o governo brasileiro para trazê-lo de volta ao País, mas sem sucesso. “A burocracia, o custo e a exigência de documentos que estão no México formaram uma barreira. Tentamos contato com a Comissão da Anistia, mas o processo não é simples de ser resolvido. Não temos condições de ir até lá resolver e nem temos como enviar dinheiro para que ele volte. Nos preocupamos muito, porque meu irmão está doente e vivendo de caridade. Quando eu posso, mando dinheiro para ele”, afirmou Elaine. O Ministério da Justiça informou, por meio de sua assessoria de comunicação, que não existe nenhum pedido formal registrado em nome de Edilton Swarowski para auxílio de retorno ao Brasil.

Segundo o ministério, também não há solicitação junto ao Itamaraty para que ele seja trazido de volta ao País com a ajuda do governo federal. A informação é de que a ajuda governamental só ocorre quando “incitada pelos interessados no caso”.

Ex-militar se queixa da saúde

A reportagem do Correio Popular localizou o ex-marinheiro. Por telefone, o homem de voz bem rouca resiste a qualquer pergunta que remeta ao período em que precisou sair do País.

Deixa transparecer o medo. Mistura o português com o espanhol e apenas confirma as perguntas, se reservando o direito de poucas palavras.

Edilton afirma que estava entre os presos na noite da reunião no Rio de Janeiro, em 1964. E que trabalhou junto com o cabo Anselmo e o marinheiro João Cândido, a quem chamou de “companheiros”, mas não forneceu detalhes sobre a atuação do governo na época e nem da violência que sofreu. “Este assunto é muito difícil. Tem coisas que não se falam por telefone”, afirmou.

Questionado sobre a tortura e a prisão, Edilton diz que é melhor “pular a pergunta”. Com a saúde debilitada, o exilado brasileiro preferiu comentar suas doenças. Disse que, além da doença de Parkinson, passou a ter dificuldade para caminhar. E que, quando chegou ao México, passou por situações difíceis.

“Eu trabalhei minha vida inteira e agora a situação está complicada. É a minha saúde. Fiz de tudo um pouco para me manter aqui. Recebi o apoio do governo mexicano. Mas quero ir embora. Eu conto tudo o que aconteceu comigo para você quando eu chegar no Brasil.” (AAN) 


 noticias retiradas do site:  
http://cosmo.uol.com.br/noticia/45312/2010-01-17/ultimo-exilado-brasileiro-brvive-doente-no-mexico.html

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